Assessoria de imprensa coloca empresa na mídia

Cliente da Press esteve em grandes veículos de comunicação graças ao trabalho intenso de assessoria de imprensa

 

Assessoria de imprensa da Esthetic Care garante matéria no Portal Uai

Assessoria de imprensa da Esthetic Care garante matéria no Portal Uai

Pensar em pautas estratégicas, manter um bom relacionamento com jornalistas, produzir releases criativos e que despertem o interesse da mídia, manter o mailing sempre atualizado, são algumas das inúmeras funções que um profissional de assessoria de imprensa deve realizar, pensando em promover o seu cliente. Com um trabalho intenso, o assessor de imprensa convence o veículo a utilizar a sua fonte que, no caso, é o seu cliente. E é assim, nesse esforço constante que os resultados começam a aparecer. Um exemplo, aconteceu na última semana com a Esthetic Care, clínica de estética, cliente da Press. Depois do dr. Jorge Menezes, cirurgião plástico e proprietário da clínica, ser fonte para a matéria de capa da revista Veja BH, com uma matéria sobre “Guerra ao Glúten”, onde falou sobre o estudo de DNA, agora ele foi fonte de uma notícia do jornal Estado de Minas, no caderno Bem Viver, sobre cuidados na gravidez. A matéria também foi divulgada no portal Uai, na seção Saúde Plena. Leia o conteúdo na íntegra.

Tratamentos protegem e revigoram a pele do rosto e do corpo durante a gestação

Intervenções ajudam a evitar acne, estrias, manchas e inchaço

Gravidez não combina com estética, certo? Errado, quando se fala em intervenções sem bisturi. Alguns tratamentos estéticos – não se inclui cirurgia plástica – permitem à mulher cuidar da beleza durante a gestação. O alvo principal é a pele, uma das partes do corpo que mais sentem as alterações hormonais. As adeptas buscam procedimentos para evitar acne, estrias, manchas, ressecamento e inchaço.

Algumas mulheres sentem a pele mais ressecada, outras reclamam de oleosidade. Seja qual for a mudança, Jorge Menezes, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e fundador da clínica Esthetic Care, recomenda tratamentos estéticos que protejam e revigorem o rosto e o corpo. Para retirar a camada superficial da pele que sofre com as alterações hormonais na gravidez, ele utiliza o peeling de diamante, com grãos e sementes de frutas, promovendo uma esfoliação sem danos. A limpeza de pele é indicada para grávidas com tendência à acne, já que remove cravos e impurezas. O especialista ainda sugere drenagens manuais para facilitar a chegada de nutrientes e oxigênio à pele. Assim, ela fica preparada para receber os cremes.

A fim de evitar danos ao bebê, Menezes lembra que as grávidas devem privilegiar produtos manipulados. Substâncias presentes em cremes industrializados, como os conservantes, podem ser prejudiciais. “Ao fazer limpeza, peeling e drenagem, a pele fica viçosa, mas também absorve mais o que se passa nela. Um produto químico pode passar para o sangue e chegar à placenta”, alerta. Segundo o cirurgião plástico, as gestantes também não devem usar soluções caseiras, como pasta d’água, vaselina, glicerina e óleo de amêndoa, sem orientação médica. Até porque existem hoje formulações especialmente voltadas para a gravidez, que potencializam o ganho de hidratação, elasticidade e rejuvenescimento. Menezes diz que quase sempre é possível manipular cremes com proteção solar, que podem servir até como base para a maquiagem.

Alguns cremes são formulados para combater as temidas estrias, que costumam incomodar as grávidas. Para isso, o cirurgião plástico foca o tratamento na barriga, que nem sempre está preparada para crescer tanto e em tão pouco tempo. Uma pele mais firme e hidratada mantém sua elasticidade e tende a desenvolver menos risquinhos, que surgem quando as fibras elásticas se rompem diante de um estiramento. Menezes até orienta as pacientes a prolongar o uso do creme depois do nascimento do bebê, para ajudar a pele a voltar ao normal. “Lembrando que o tratamento não evita o surgimento de estrias em mulheres que estão geneticamente programadas para desenvolvê-las. Ele pode minimizar os efeitos”, pontua.

O mesmo se aplica às manchas escuras comuns em grávidas, que aparecem na testa, nariz e bochechas. Não há como impedir o melasma, que se acentua com a exposição ao sol, já que a história familiar é parcialmente determinante. Nesse caso, Menezes esclarece que o tratamento não deve ser realizado durante gravidez nem no período de amamentação, pois os ácidos usados para clarear a pele podem prejudicar o bebê.

MASSAGEM PRÉ-NATAL 

A fisioterapeuta do Pacific Spa Érika Rachid Martins de Souza trouxe de Nova York a massagem pré-natal, indicada para o alívio de dores. A ideia é trabalhar as articulações mais acometidas pelas mudanças fisiológicas da gravidez. O ombro, por exemplo, sofre com aumento da mama. Já a região lombar e o quadril sentem o peso da barriga e a alteração do centro de gravidade, enquanto o sacro, porção final da coluna, precisa se posicionar para permitir a passagem do neném. “Toda a preparação do corpo traz desconforto para a mãe. A técnica tem um foco bem diferente do que se está acostumado no Brasil: diminui as dores articulares e os níveis de estresse para que o bem-estar possa se refletir no desenvolvimento do bebê”, explica.

Em geral, a massagem pré-natal é combinada com sessões de drenagem linfática, um dos tratamentos estéticos mais procurados pelas gestantes brasileiras. A fisioterapeuta do Pacific Spa informa que essa técnica ajuda a diminuir o inchaço, muito comum no fim da gravidez, principalmente com altas temperaturas. A massagem estimula o sistema linfático a funcionar de forma mais eficiente, não deixando que o líquido se acumule nos tecidos com a dilatação dos vasos sanguíneos. “Se não houver contraindicação, a grávida pode fazer até no dia de ter o neném. O pós-parto também seria um momento interessante de receber a drenagem linfática, porque ajuda a desinchar mais rapidamente, mas sei que na prática fica difícil”, pondera.

Cansaço nas pernas

Aos quatro meses de gravidez, Flávia Amaral iniciou as sessões semanais de drenagem linfática. Ela ainda não se sentia inchada, mas pensava em prevenir qualquer incômodo. “Quero amenizar os impactos da gravidez. Como tenho medo de outras intervenções, senti confiança em fazer a massagem, porque não vai causar problema para o bebê”, justifica. Um mês depois, ela sente a diferença: além de proporcionar um momento de relaxamento, a técnica diminuiu o cansaço nas pernas. Flávia explica que a drenagem linfática faz parte dos planos para manter um peso saudável. Parece funcionar, porque até agora ela ganhou apenas quatro quilos.

Assessoria de imprensa nas mídias digitais

Twitter pode ser um importante aliado da assessoria de imprensa no relacionamento com jornalistas

O twitter pode ser uma importante ferramenta para a assessoria de imprensa

O twitter pode ser uma importante ferramenta para a assessoria de imprensa

Cada vez mais, o trabalho da assessoria de imprensa está integrado com as mídias digitais. Já falamos sobre isso, aqui no site, quando contamos como a jornalista da Press, Daisy Silva, assessora com o apoio, principalmente, do Facebook. Hoje vamos focar em como o twitter pode colaborar para o trabalho de relacionamento entre o assessor e o jornalista e em como a assessoria de imprensa pode acompanhar as notícias e o trabalho da mídia por meio dessa rede social. O site DNA Digital publicou um artigo que chama “18 máximas da atuação de um assessor de imprensa no Twitter”, que traz uma lista sobre como aproveitar essa ferramenta no dia a dia. Vale a leitura!

18 MÁXIMAS DA ATUAÇÃO DE UM ASSESSOR DE IMPRENSA NO TWITTER

Considero o twitter a rede social ideal para uma assessoria de imprensa reforçar sua relação com a imprensa — e com os jornalistas. Uma porque o game de relevância presente no algoritmo fundamental desse microblog é muito semelhante à vida real de um jornalista do lado de cá do balcão, na assessoria. E outra porque, para trabalho, o twitter é, segundo pesquisas, o meio social preferido dos nossos colegas. Porém, como toda nova tecnologia que se apresenta, convém refletir sobre como utilizá-la no seu dia a dia, sob o risco de tropeçar naquelas premissas básicas — as mesmas que você já superou faz tempo. Internautas gostam de listas, né? Pois então, aqui está a minha:

1- Mereça ser seguido 

Você nunca deve pedir ou tentar convencer um jornalista a te seguir, a não ser que ele seja seu irmão, seu pai ou sua namorada. Assim mesmo, se você permitir que ele escolha, ele preferirá seguir o que lhe interessa. Na correria do dia a dia, um espaço mal utilizado na timeline do jornalista pode custar um post importante não lido. Portanto, mereça ser seguido.

2- Mereça um tweet

Na relação com uma empresa, a timeline de um jornalista que usa esta ferramenta para trabalho é a sua coluna, é a sua reportagem; seu tweet só entrará nela se merecer, se for mais importante na comparação com dezena de outros; pelo bem ou pelo mal.

3- Interesse-se verdadeiramente

Se você vai seguir um jornalista para que ele saiba que você existe, ao menos dê um jeito de acompanhar a maioria de seus tweets. Pegará mal se ele souber que você nunca o acompanha e que não sabe que notícias interessam a ele.

4- Mas priorize

Claro que você não vai conseguir (nem querer) seguir todos os perfis de jornalistas e veículos que precisa conhecer. Para isso existem as listas do twitter. Como na vida real, priorize.

5- Cuide o tom

Pode até haver descontração no twitter entre jornalistas e assessores ou entre assessores e assessores, só não esqueça que a rede social mais parecida com happy hour e com bate-papo é o Facebook, não o twitter. Não é ruim você ser iniciante no microblog, mas pegará mal parecer que não sabe utilizá-lo.

6- Assessor elogiando?

Não repita RTs com seu twitter pessoal ao tweet do jornalista só para se aproximar ou ele saber que você existe; parecerá bajulação, e elogio nunca foi recomendável na relação com um jornalista.

7- Reconhecimento

Por outro lado, usar o perfil do cliente ou da empresa assessorada para citar o jornalista e/ou o veículo no tweet que faz menção à matéria é recomendável. Dá visibilidade ao trabalho de ambos.

8- Assessor imparcial

Mas dê RTs democráticos com o perfil corporativo; pega mal um assessor ou uma assessoria revelarem pelo twitter sua preferência por um veículo.

9- Relacionamento

Se um jornalista não o segue, você não poderá enviar DMs para ele. Ruim? Não sei, é a vida. A caixa de DMs de um jornalista é para quem tem intimidade com ele, coisa que se conquista; como na vida real, bom relacionamento não se compra.

10- E-mail e telefone seguem existindo

Se não puder enviar DM, não tente enviar uma informação exclusiva publicamente em sua timeline. Público não é mais exclusivo. Para isso, não esqueça que, para isso, você não precisa de Twitter. Use os meios convencionais, mande email ou ligue.

11- E-mail e telefone seguem existindo II

Não quebre uma notícia exclusiva em uma dezena de DMs; pra isso existe o email. Quer usar a instantaneidade do Twitter? Avise por DM do seu e-mail. Isso, pode.

12- Exclusividade também

Mesmo que no Twitter a exclusividade pareça tão efêmera, ainda vale a regra de que jornalista gosta de saber e de contar o que ninguém sabe ainda. Já pensou em sugerir um tweet exclusivo?

13- Ritmo

Twitter pressupõe agilidade; o dead-line do jornalista de twitter que lhe faz uma pergunta é ainda menor.

14- Frequência

O microblog também requer frequência. Os posts já são menores que em um blog para você escrever mais. Procure tuitar uma vez ao dia, ao menos.

15- Relevância!

Não falamos do conteúdo do perfil do seu assessorado ainda, né? Para mim, o twitter é a rede social na qual o KISS (Keep it Shareable and Significant) mais se aplica. Onde mais eu diminuo o número de contatos para melhorar a qualidade da newsfeed? Ou crio listas? Pois então, sugiro usar a seguinte auto-análise: esse meu tweet mereceria um espaço na mídia? Tem valor-notícia a, ao menos, um veículo especializado? Se sim, publique, claro. Se não, ou repense ou me ignore; pode ser uma exceção.

16- Pouco mudou

O Twitter é só uma tecnologia, nada mudou nas relações; portanto, não agradeça o tweet ou o RT de um jornalista. Nem mesmo do seu perfil pessoal.

17- Básico

O limite que parece haver entre pessoal e profissional não é tão claro quando se está numa assessoria. Convém não criticar pelo perfil pessoal o veículo que você não gosta, nem a corrupção da classe política. Parece básico, mas a gente esquece.

18- Limites

Jornalista também é gente. Ele compra, se diverte, viaja, tem conta em banco, assina tevê a cabo, tem celular de conta. O que quero dizer? Que ele pode vir a reclamar publicamente de sua empresa no twitter. Ou pior: ele pode reclamar publicamente, no twitter, citando você. Como eu disse no último tópico, se o limite entre sua vida pessoal e a de assessor já não era tão claro, nessa hora, ele desaparece. Pense bem por qual canal você vai responder, mas responda. E como um assessor.

Fonte: DNA Digital

Por: Juliano Rigatti, jornalista do Rio Grande do Sul. Atua entre outras atividades, em uma grande multinacional varejista. Ele colaborou com o texto do post para o site do Grupo Comunique-se.

 

Assessoria de imprensa

Conheça o trabalho de assessoria de imprensa desenvolvido pela Press Comunicação. Na busca por um relacionamento mais estreito entre a empresa e a imprensa, no tratamento da imagem e reputação de sua instituição, para levar informações oficiais e corretas para seus stakeholders e na gestão de crises, a agência tem a solução certa para cada cliente.

Assessoria de Imprensa vai muito além dos retornos tangíveis

Henri Kaufmanner: Assessoria de imprensa proporciona novos conhecimentos.

Henri Kaufmanner: Assessoria de imprensa proporciona novos conhecimentos.

 

A assessoria de imprensa proporciona além dos retornos mensuráveis ganhos intangíveis para os dois lados, contratante e contratado. 

A assessoria de imprensa, na perspectiva da Press Comunicação e de seus profissionais, traz além da satisfação do dever cumprido, um conhecimento novo, diversificado e até aprofundado nos mais diversos temas, expandindo, e muito os nossos repertórios culturais.

No caso do contratante, normalmente organizações empresarias, o ganho se dá entre outras coisas, no descortinamento de uma área superficialmente muito conhecida, muitas vezes temida, porém  pouco entendida, que é o universo midiático e a imprensa!

Neste movimento reciproco de troca, percebemos um amadurecimento dos envolvidos em muitos aspectos que uma interação humana pode proporcionar. Para exemplificar o que estou tentando dizer vou usar um os últimos trabalhos que fizemos. A assessoria de imprensa do XX Encontro Brasileiro do Campo Freudiano”, promovido pela Escola Brasileira do Campo Freudiano, com o tema ” Traumas nos Corpos Violência na Cidade”.

Ufa!! Deu para perceber a complexidade da assessoria de imprensa, o tamanho do desafio ?

Pois é,  mergulhamos nestas águas profundas para tentar construir sentidos que pudessem ser compartilhados,  primeiro pelos jornalistas e depois para seus leitores, ouvintes , telespectadores, seguidores e afins.

E assim, destacando o que realmente importa nesta minha reflexão, quando finalizamos a assessoria de imprensa, emergimos deste mergulho vertiginoso, pois foram dias e dias de conversação, revisão de briefings, reuniões de pautas.

Voltamos com novos e preciosos conhecimentos e principalmente perspectivas diferentes sobre a realidade.

Sem querer me estender mais, vou deixar abaixo um artigo do psicanalista e um dos organizadores do evento Henri Kaufmanner, para que vocês possam mergulhar e experimentar as sensações perturbadores e instigantes que vivenciamos com esta troca.

Trauma nos corpos, violência nas cidades

Em 1932, posteriormente à Primeira Guerra Mundial, Albert Einstein escreveu a Sigmund Freud, para que este lhe ajudasse a entender quais as razões para a beligerância entre as nações, e quem sabe, a partir deste entendimento, apontar soluções.

Em resposta ao físico, Freud esclarecia que a violência é um fato da própria condição humana. Ele dizia que esta somente era suplantada pela união dos indivíduos e, a lei, como consequência, seria a representação do poder desses que se uniam. Essa lei, sustentaria então a força da comunidade resultante desta união, de tal forma que ela própria, carregaria em si a violência, pronta a se dirigir contra qualquer indivíduo que se voltasse contra essa força. A própria lei, seria assim , violenta.

As leis então, seguindo Freud, teriam sido criadas para evitar, um recrudescimento da violência por parte dos indivíduos sobrepondo-se ao poder dos que se uniam. Já as instituições seriam as responsáveis por zelar pelos interesses comuns que essas leis representavam. A manutenção desses interesses comuns levaria a vínculos emocionais entre os membros dessa comunidade, sendo esta, segundo Freud, a verdadeira fonte de sua força.

Estes interesses comuns podemos chamar de ideais, e estes ideais coletivos consistiriam na matriz simbólica dos laços entre os indivíduos.
Este é, reduzido a poucas palavras, o modelo freudiano para a civilização. A violência do homem, contida pelas leis também em si mesmas violentas, mas sustentadas pelos ideais civilizatórios.

A correspondência entre Freud e Einstein ficou conhecida com o título de “Por que a Guerra”, e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, permite bem perceber o insucesso de Einstein em seus esforços.

Nesses últimos dias comemorou-se os 25 anos da queda do Muro de Berlim, e, o mundo dos sonhos que parecia se anunciar com o aparente fim da divisão representada por aquele muro não se concretizou. O mundo continua dividido, violento, mas, e isto nos interessa muito, a violência de nossos dias se mostra diferente daquela que tanto afligia a Einstein.

Hoje em dia, não há como contestar que a violência é uma presença insistente em nossa vida cotidiana. É inevitável deparar-se com ela, seja por experiência direta, seja pelos relato de alguém que nos é próximo, seja por sua onipresença nas mídias mais diversas. Tal realidade, contudo, seria o bastante para nos permitir afirmar que vivemos em um mundo mais violento?

Seria o Brasil hoje em dia mais violento do que aquele dos nossos colonizadores que exterminaram boa parte da população indígena que aqui habitava? Ou ainda, seriamos hoje mais violentos que no tempo em que a escravidão era a ordem da sociedade , mantida sobre o peso da chibata?

A resposta de Freud a Einstein e o modelo civilizatório que nela se delineia permite-nos refletir sobre as particularidades da violência em nossos dias, não pela escala de intensidade, mas pela forma diferenciada em que esta se apresenta. A grande diferença deste mundo violento para o de outrora, e em nosso país isto de mostra de maneira bem evidente, é a percepção de que a violência deixou de ser um assunto de nações, um privilegio do estado, para se tornar uma prática privada. Não são mais os ideais coletivos que estão em cena.

Não há como não perceber que a violência hoje em dia não somente é disseminada, com também não encontra nas leis, e nas praticas de contenção, qualquer regulação. Ela se apresenta em cenas corriqueiras como num desentendimento no transito, um desencontro em um bar, nas escolas, nos espaços da vida privada, e de forma mais brutal no latrocínio, nas gangues, milícias, no tráfico de drogas, e por que não, nas chamadas torcidas organizadas dos times de futebol.

É em torno dessa nova realidade da violência, que os psicanalistas da Escola Brasileira de Psicanálise se reúnem em Belo Horizonte para o seu XX Encontro Brasileiro do Campo Freudiano. Com o tema “Trauma nos corpos, violência nas cidades” interessa-nos discutir, em que a invenção Freudiana a partir dos avanços do ensino de Lacan, nos permite pensar enquanto psicanalistas, caminhos para essa difícil realidade que afeta a todos nós.

Os psicanalistas há muito não se restringem a seus consultórios. Eles hoje estão presentes nos serviços de saúde mental da rede pública, nos hospitais, nas instituições da defesa social, escolas, presídios, nas ruas. Tal presença se faz a partir da reponsabilidade ética com nossa prática e nossa experiência, que acreditamos, pode em muito contribuir no enfrentamento de problemas que afetam a sociedade.
Para a psicanalise, a forma contemporânea da violência, esta intimamente ligada ao tratamento que se da aos corpos em nosso tempo, mais especificamente, o tratamento que se dá ao que chamamos o corpo traumatizado.

O corpo para a psicanalise não é uma amontoado biológico e portanto unicamente natural, regido por hormônios e neurotransmissores. O corpo é afetado, traumatizado pela palavra, e consequentemente, desnaturalizado. Diferente do filhote animal, que ao nascer, conduzido por seu instinto, já se dirige ao úbere materno, ao filhote humano resta o choro e seus gritos como único recurso ao mal estar de sua precária existência, e é na expressão deste mal estar que se apoia o apelo a sua própria sobrevivência. De tal forma dependente do outro, o filhote humano tem seu corpo marcado pelas falas e cuidados deste que lhe acolhe, e nesse caminho criado na relação com o outro, seu corpo vai, pelo resto de sua vida buscar, de forma incessante e imperativa, uma satisfação, um alívio a seu mal estar estrutural, aquilo que a partir de Lacan chamamos de gozo.

Sobre esta satisfação, essa busca que se eterniza em sua existência, o ser humano não tem o menor controle. Foi o encontro com esse Outro em cada um de nós que permitiu a Freud a invenção da Psicanálise.

O ser humano, que da fala extrai sua condição de humano, tem assim com seu corpo uma relação de exterioridade, e por isso não o somos, nós o temos. Tal singularidade humana, tem como efeito uma relação de estranhamento com o próprio corpo, que passa a ser, afetado que é pelas falas que recebe desde seus primórdios, um corpo que busca sempre se satisfazer. Essa exterioridade com a natureza é emblematicamente denunciada pelas diversas formas que o mal estar se apresenta contemporaneamente, como por exemplo, em nossos problemas com a ecologia. Assim como destrói a natureza, o homem atua sobre os corpos, mais além de sua natureza, sempre na busca imperativa de satisfação. Daí a afirmação tão aceita, que o ser humano é o único animal que mata por prazer!

Esse é o trauma fundante do humano, e que nos coloca por condição, tensionados pelas demandas deste corpo, que não se sacia jamais. Há em cada um de nós um Outro, que Freud chamou de inconsciente, mas que bem diferente do que pode parecer inicialmente, não se trata de uma memória, mas de um corpo traumatizado, sexualizado, e que busca incessantemente uma satisfação que, como vindo de um Outro em nós mesmos, não deixa de provocar estranhamento, conflitos e mal estar.

Se anteriormente, a demanda insaciável dos corpos podia ser temperada pelas leis, em função dos ideais coletivos que as sustentavam, o que vemos proliferar hoje em dia é aquilo que alguns escolheram nomear como individualismo de massa. Hoje a satisfação de cada um, distinto do que Freud então anunciava, não se contém pela lei ou pelos vínculos. O mal estar de nosso tempo não se trata mais pela civilização, pelo menos não como anteriormente.

O avanço do mundo do consumo, com todos os seus recursos tecnológicos, e a redução de todos a igualdade aparentemente democrática do consumidor, esforça-se em reduzir cada sujeito ao que ele pode em seu direito consumir. O mundo da técnica e os objetos que produz, oferecem a cada um a sua droga lícita ou ilícita, sua cirurgia, seu telefone, seu computador, uma infinidade de produtos apoiados no direito ao consumo e na ilusão do gozo acessível desde que comprado, e comprar é um direito que nos faz iguais. Cada um busca sua própria satisfação, sua vitória sobre o mal estar do corpo traumatizado, pela ilusão do consumo do produto, gadget contemporâneo, cada vez mais talhado para servir a cada um. O mundo se vê habitado em massa por indivíduos que buscam naquilo que o consumo lhes oferece, sua satisfação, seu gozo.

Constrói-se assim um mundo onde de cada um se faz um walking dead, cuja busca de satisfação, não encontra limites na dor, nas formas de violência, e atua diretamente sobre os corpos, seja o próprio seja o do outro.

O toxicômano é a expressão máxima dessa lógica, e não há portanto que se assustar com a sua prevalência nos dias de hoje. Ele simplesmente traz exposto em seu corpo, o modo contemporâneo que a sociedade do consumo nos oferece para viver.

Provocados pela perplexidade diante dessa realidade, vimos surgir novas formas de segregação como se, nos livrando da diferença do outro, pudéssemos por magia nos livrar da diferença que insiste em nós mesmo e que não cessa em nos cobrar a sua cota. Aparecem assim as agressões, as praticas violentas, as propostas de redução de maioridade penal, as internações compulsórias, as diversas formas de racismo ou os sonhos da volta de uma ditadura, como se um reforço das leis e da contenção pudessem domar a dispersão de nosso tempo. As propostas violentas, na medida que não se apoiam mais em ideais coletivizados, produzem apenas respostas violentas. Assistimos a isso todos os dias.

A psicanálise se oferece nesse momento como um parceiro que tem a partir de seu campo de saber uma experiência e uma prática que nos permitem sustentar a aposta em um caminho diferente.

É possível inventar variáveis para uma relação menos devastadora com estes corpos traumatizados. É preciso criar espaço para as diferenças de cada um, a partir do sintoma de cada um, sem que para isso sejam necessárias intervenções sedativas ou segregadoras. Somos convictos de que um novo laço, um novo vínculo emocional pode ser construído entre os indivíduos desde que haja lugar para o singular de cada um, que cada um suportando sua própria diferença horrorize-se menos com a diferença do outro, e possa assim suportar esta diferença sem o imperativo de fazer do outro um igual.

Num mundo sem grandes ideias ou ideais, a diversidade sustentada na absoluta diferença de cada um, pode abrir espaço para um novo amor, bem mais civilizatório. Um amor da diferença.