Comunicação como estratégia de internacionalização da marca

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Comunicação para expansão da marca: moda como estratégia cultural

A globalização da marca precisa  de uma comunicação criativa

Guy Debord (1967) em seu livro A sociedade do Espetáculo”  já preconizava  há  4 décadas atrás que a vida na modernidade se baseia em “espetáculos”,  no sentido de ser representações do real , diz ele (…) “tudo que era diretamente vivido se esvai na  fumaça da  representação”  talvez sem imaginar a que ponto chegaríamos no século XXI . Tudo que vivemos hoje é perpassado por representações simbólicas,  por imagens . Um exemplo claro disso, é o poder das marcas ou logomarcas, cada vez mais apreciadas,  mais desejadas e  internalizadas na subjetividade cultural da sociedade. Não basta ter um tênis, é preciso ter um Nike, não ter basta tomar refrigerante,  tem que ser Coca Cola, não basta ter um celular tem de ser um I Phone e assim vai! Um dos motivos deste apoderamento se deu com a globalização e  a chegada de novas tecnologias que transformaram as marcas ícones sem fronteiras  fronteiras. Não importam onde se viva , as grandes marcas estão lá , são onipresentes. Deixando de lado a perspectiva critica,  é neste contexto que as marcas querem e precisam estar para se manterem num mercado cada vez mais sem fronteiras. Dessa forma,  a comunicação tem um papel crucial na internacionalização de uma marca. Não só na  publicização dela  ,  mas também  na construção de sentidos para outras culturas. Afinal, uma marca carrega uma enorme carga simbólica representando costumes, crenças, desejos que nem sempre fazem parte do repertorio cultural de outros povos. É aí que entra uma comunicação mais alargada , mais criativa . Neste momento,  a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador – ABCCMM cliente da Press Comunicação,  inicia um processo de internacionalização e expansão da marca  Mangalarga. Vejamos suas estratégias no release abaixo:

Mangalarga marchador busca internacionalização

Criadores da raça mineira, que faturaram R$ 283 milhões em 2013, traçam ações para apresentar o cavalo a novos públicos No Brasil, o mercado de cavalos esportivos, trabalho e de lazer, que já movimenta, em média, R$ 12 bilhões por ano, tem entre os seus líderes o mangalarga marchador. Só no ano passado, os criadores da raça nascida na região sul de Minas Gerais conseguiram um faturamento de R$ 283 milhões, 30% a mais em relação ao alcançado em 2012. Com números fortes no país, eles agora buscam reconhecimento internacional para o cavalo, por meio de estratégias que passam por grandes feiras e passarelas, do samba e da moda. A Associação, que conta com 9,2 mil criadores e quase 500 mil animais cadastrados, vem promovendo iniciativas para levar a raça ao conhecimento de diferentes públicos A bandeira que a raça carrega em todos esses eventos, é a versatilidade do Mangalarga Marchador. Tanto que, em maio deste ano, a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12195 que declara o mangalarga marchador como raça nacional de cavalos. Um dos argumentos contidos no texto do projeto de lei, apresentado pelo deputado Arthur Maia, está na importância histórica do animal. “Serviu de grande instrumento para o transporte das pessoas e riquezas do Brasil Colônia e atualmente é um importante colaborador no desenvolvimento da nossa pecuária, que se tornou uma das maiores do mundo”, diz o texto. Nos dias 22 e 26 de outubro, em Las Vegas, Estados Unidos, animais da raça foram apresentados no Professional Bull Riders (PBR) World Finals 2014, o principal evento do circuito mundial de montaria de touros, com transmissão televisiva para mais de 80 países. A mostra dos animais é resultado de um esforço da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportadores e Investimentos (Apex Brasil) para dar mais visibilidade à produção eqüina nacional. Em julho desse ano, firmou uma parceria com o estilista Victor Dzenk, que se teve no Mangalarga Marchador a inspiração para a sua próxima coleção de inverno. No ano passado, com o apoio da entidade, a escola de samba Beija-Flor foi para a Marquês de Sapucaí com o desfile “Amigo fiel, do cavalo do amanhecer ao mangalarga marchador”. Acabou como vice-campeã do carnaval carioca.

Comunicação em busca de novos criadores

Ao mesmo tempo em que procura colocar o Mangalarga Marchador em outros países, a Associação busca novos criadores dentro do país. Potencialmente, hoje, são 40 mil criadores, um número que pode crescer muito até o fim do ano. A aposta é de Magdi Shaat, presidente da ABCCMM. “Há um grande espaço para avanço nas regiões norte e nordeste, com um público que gosta de cavalo e quer investir”. Segundo Shaat, a aquisição de exemplares da raça não se restringe à elite econômica. “É possível encontrar bons cavalos, selados, por cinco ou seis mil reais. Muita gente compra para cavalgar no fim de semana com a família, não pensando em retorno financeiro, mas no lazer, uma das principais funções da raça”. O advogado José Márcio Araújo, morador de Belo Horizonte, entra nesse perfil. Em 2010, ele comprou um Mangalarga Marchador para o seu sítio, em Itatiaiuçu, no centro do Estado. “Escolhi a raça não somente por que o animal é muito bonito, mas também pela docilidade e por ser fácil de tratar”. Pelo menos duas vezes por mês, ele viaja com os filhos para cavalgar e quebrar um pouco a sua rotina de petições e tribunais. Araújo, que já possui 20 cavalos, adquiriu toda a sua tropa por venda direta, ou seja, conhecendo o animal com antecedência e, se sentiu alguma empatia, negociava com o proprietário. Uma prática comum entre os que criam por lazer, como explica Jonas Oliveira, presidente do Núcleo dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador de Belo Horizonte. “O comprador de cavalo vai pela emoção”, afirma. Oliveira se lembra de casos em que o mesmo cavalo foi avaliado por R$ 5 mil e R$ 80 mil. “Não é como comprar um boi, com preço da arroba conhecido. O cavalo envolve, antes de tudo, paixão”. No entanto, paralelamente a essas atividades em que se busca aumentar o número de criadores, a ABCCMM se depara com a dificuldade em mantê-los em seu quadro de associados. Em vários casos, esse novo criador, após comprar seu animal, esbarra em questões nas quais ele não havia pensado. As mais frequentes são: Quem vai cuidar desse animal? Qual é a estrutura que se deve ter para manter um animal em condições corretas de higiene e alimentação? A propriedade possui pasto para esse animal? Dentre tantas outras. Na intenção de assegurar que esse novo proprietário faça sua compra e não desista de continuar a sua criação diante desses entraves, a ABCCMM possui um projeto que se chama Mangalarga Marchador Para Todos, que tem o objetivo de orientar aos novos criadores sobre todas as questões que envolvem as atividades de um criatório. Além disso, com o mesmo propósito, a entidade disponibiliza para esse público outros cursos como de Equitação, Doma, Morfologia e Podologia.

Bibliografia:

DEBORD, Guy. A Sociedade do Espetáculo. Editora  2003. ALMEIDA, Ana Luisa; DE PAULA, Carine; Bastos Fernanda.  Identidade, imagem e reputação: processo de construção de sentido no contexto das organizações. IN: Propostas Conceituais Para a Comunicação no contexto Organizacional.  Ivone; LIMA , Fábia. orgs. Rio de Janeiro: 2012.